Esta greve dos trabalhadores não docentes justifica-se pela falta de reconhecimento relativamente às sucessivas propostas e preocupações que têm sido apresentadas à tutela relativamente aos Trabalhadores Não Docentes para uma escola de qualidade.
Já no final do ano passado, e na sequência do debate promovido a propósito da Petição que a FNE e SINTAP/FESAP apresentaram para o restabelecimento das carreiras dos trabalhadores não docentes, a Assembleia da República, em 15 de dezembro de 2017, aprovou uma Resolução que recomendava ao Governo que, em negociação com as organizações sindicais, restabeleça as carreiras dos trabalhadores não docentes. Ora, o que acontece é que o Governo não encetou até agora qualquer processo que constitua a resposta a esta recomendação da Assembleia da República.
A FNE e o SINTAP/FESAP sublinham desde há muito que a precariedade não pode continuar a ser a marca associada a estes Trabalhadores, aos quais deve ser reconhecido o direito a vinculação na sequência de duas contratações sucessivas, eliminando-se de vez todas as situações precárias que garantem o funcionamento regular das escolas.
Estas organizações sindicais exigem igualmente aumentos salariais justos que travem a degradação dos salários.
Sendo que se verifica uma indiferença do Ministério da Educação e do Governo em relação a estes problemas, a FNE e o SINTAP/FESAP consideraram essencial dar voz à insatisfação destes Trabalhadores, tendo convocado esta Greve Nacional de Trabalhadores Não Docentes para o dia 4 de maio.