O SINTAP saúda todos os trabalhadores não docentes em Greve e também aqueles que, não lhes sendo possível aderir, sobretudo por compreensíveis motivos financeiros, estão solidários e revêem-se nos motivos constantes no pré-aviso emitido pela FESAP/UGT para a convocação da jornada de luta de 21 e 22 de março.
Neste segundo dia de Greve, regista-se uma adesão significativamente superior à verificada no primeiro dia, com muitas centenas de escolas de todo o território nacional encerradas, facto que é elucidativo da união e da predisposição dos trabalhadores para lutarem pelos seus direitos.
Com esta paralisação, os trabalhadores não docentes das escolas reivindicam verdadeiros aumentos salariais para todos os trabalhadores e a correção das injustiças resultantes do recente aumento da retribuição mínima para € 635,07, levando a que, na prática, os trabalhadores que hoje sejam admitidos ganhem o mesmo que trabalhadores que, em muitos casos, têm mais de 20 anos de serviço.
Os trabalhadores não docentes querem também que o Governo inicie negociações que culminem com a criação de uma carreira especial, inteiramente justificável dada a complexidade e a especificidade das funções desempenhadas, que rapidamente reveja a portaria de rácios, uma vez que a consideramos completamente desadequada à realidade das escolas do país. Pretendem também que sejam admitidos os milhares de trabalhadores necessários para o bom funcionamento das escolas e o fim da contratação precária.
O SINTAP envidará todos os esforços no sentido de que esta grande jornada de luta seja consequente e que o Governo, através de ações e medidas concretas, valorize e dignifique as carreiras e os salários dos trabalhadores não docentes, cuja real importância no âmbito do funcionamento das escolas e na educação dos alunos tem sido sucessivamente desconsiderada.
Foto: Público