O SINTAP e o Governo reuniram esta terça-feira, 13 de dezembro, para o início do processo negocial que tem em vista a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde, reconhecendo deste modo a grande importância dos trabalhadores da carreira de assistente operacional para o funcionamento regular e eficiente das diversas unidades de saúde.
Relembramos que este é um processo de valorização profissional que surge já tardiamente, uma vez que estaria previsto no programa do Governo e no próprio Orçamento do Estado a sua conclusão ainda no decurso de 2022, pelo que, perante a proposta de calendarização apresentada pelo Executivo, que prevê um processo com uma duração de 180 dias a contar a partir do início de janeiro de 2023, o SINTAP, até pelo atraso que se verifica, sublinhou a necessidade de que as negociações se desenvolvem num período temporal mais curto do que o constante no protocolo proposto pelo Governo.
No que respeita à abrangência da carreira a ser criada, o SINTAP considera que deve incluir todos os assistentes operacionais da área da saúde, tanto os que possuem contrato de trabalho em funções públicas como aqueles que estão sob o regime de contrato individual de trabalho.
O SINTAP espera que este possa ser o primeiro de vários processos de negociação dos trabalhadores da carreira de assistente operacional que desempenham funções cujas especificidades exigem um olhar e uma valorização distintos, nomeadamente na educação, nas autarquias, na justiça, na segurança social e noutros setores em que é evidente esta necessidade de distinção, sendo desejável que a concretização dessas negociações possa acontecer ao longo de ano de 2023.
Finalmente, o SINTAP sinalizou também a urgência em proceder à valorização das carreiras não revistas da saúde, como é o caso, entre outras, da carreira de técnico superior de saúde.