A igualdade depende de todos e de cada um de nós
O Dia Internacional da Mulher é mais do que uma celebração. É um marco de reflexão e mobilização para continuar a luta pela igualdade de direitos e oportunidades. Comemoramos as conquistas alcançadas, mas também reafirmamos o compromisso de enfrentar os desafios ainda presentes, que impedem que milhões de mulheres tenham acesso pleno aos seus direitos fundamentais.
Em todo o mundo, incluindo o nosso país, ainda há muito a conquistar. O direito à igualdade salarial, uma maior representação em cargos de liderança, uma verdadeira proteção contra a violência física e psicológica, e o acesso à educação continuam a ser reivindicações urgentes. Apesar dos avanços legislativos, a realidade demonstra que as mulheres continuam a enfrentar barreiras que dificultam a sua ascensão social, económica e profissional.
Na Administração Pública, onde as mulheres representam mais de 55% dos trabalhadores, é essencial garantir não apenas o reconhecimento pelo seu contributo para a qualidade, eficiência e eficácia dos serviços públicos, mas também a efetiva conciliação entre vida pessoal, familiar e profissional. Ainda hoje, muitas mulheres veem negados os seus pedidos de conciliação, enfrentam dificuldades no desenvolvimento das suas carreiras e sofrem com a disparidade salarial. Além disso, a paridade no acesso a cargos dirigentes e à representação política e social permanece um objetivo distante, pois as questões de género ainda não atingiram a justa igualdade de oportunidades.
Após 50 anos do 25 de Abril, não podemos ignorar que continuam a persistir desigualdades estruturais que limitam as mulheres no mercado de trabalho e na sociedade. A maternidade e o papel da mulher como principal cuidadora continuam a ser utilizadas como pretexto para dificultar a sua contratação e progressão profissional. Também na Administração Pública, onde seis em cada dez trabalhadores são mulheres, os cargos de chefia e direção seguem sendo ocupados maioritariamente por homens.
Este não é apenas um desafio nacional, mas um reflexo de uma realidade global. Em muitos países, as mulheres ainda lutam pelo direito de estudar, dirigir um carro, assistir a um espetáculo desportivo ou, simplesmente, viver em segurança dentro dos seus próprios lares.
O SINTAP louva e agradece a todas as mulheres e assume a vanguarda desta luta, reafirmando a igualdade de direitos e oportunidades como um compromisso inegociável. A nossa agenda sindical coloca esta questão no centro das prioridades, com a certeza de que, com determinação, alcançaremos um futuro mais justo.
A luta pelos direitos das mulheres é um desígnio universal, por um mundo melhor!